quarta-feira, 26 de maio de 2010

Encontro do dia 26/05_Músicas inesquecíveis

Indicação Mariano: Rasguei o seu Retrato
Vicente Celestino
Composição: Cândido das Neves "Índio"

Tu disseste em juramento
entre o véu do esquecimento
que o meu nome é uma visão
Tu tiveste a impiedade
de sorrir desta saudade
que me mata o coração
Se um retrato tu me deste
foi zombando, tu disseste
do amor que te ofertei
E eu em lágrimas desfeito
quantas vezes junto ao peito
o teu retrato conservei

Eu sei também ser ingrato!
Meu coração, bem vês, já não te quer
Eu ontem rasguei o teu retrato
ajoelhado aos pés de outra mulher

Eu que tanto te queria
Eu que tive a covardia
de chorar este amargor
Trago aqui despedaçado
o teu retrato, pois vingado
hoje está o meu amor
As sentenças são extremas
Faço o mesmo aos meus poemas
Rasgo os versos que te fiz
Não te comova o meu pranto
pois quem te amou tanto, tanto
foi um doido, um infeliz



Indicação Pedrina: Robert Schumann - Traumerei / Reverie




Indicação Matilde: Ne me quite pas Piaf
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
À savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
À coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas (x4)

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas (x4)

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embrasser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (x4)

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quite pas (x4)

Ne me quite pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas (x4)

Tradução: [Ne Me Quitte Pas]
Não me deixes,
É preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer
Que já para trás ficou.
Esquecer o tempo
dos mal-entendidos
E o tempo perdido
a querer saber como
Esquecer essas horas,
Que às vezes mata,
A golpes de porque,
o coração de felicidade.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

Te oferecerei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde nunca chove;
Escavarei a terra
Até depois da morte,
Para cobrir teu corpo
Com ouro, com luzes.
Criarei um país
Onde o amor será rei,
Onde o amor será lei
E você a rainha.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

Não me deixes
Te Inventarei
Palavras absurdas
Que você compreenderá;
Te falarei
Daqueles amantes
Que viram de novo
Seus corações atados;
Te contarei
A história daquele rei,
Que morreu por não ter
Podido te conhecer.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.

Quantas vezes não se
reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos muito velho
Até há quem fale
De terras queimadas
A produzir mais trigo;
Que a melhor primavera
E quando a tarde cai,
Para que o céu se inflame.
O vermelho e o negro
Não se misturam
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Não me deixes.
Não vou mais chorar,
Não vou mais falar,
Escondo-me aqui
Para te ver
Dançar e sorrir,
Para te ouvir
Cantar e rir.
Deixa-me ser
a sombra da tua sombra,
A sombra da tua mão,
A sombra do teu chão.
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes.


Ivete lembrou também de JACQUES BREL - NE ME QUITTE PAS


Indicação Bernadete: Mi Buenos Aires Querido - Tango
Mi Buenos Aires querido,
cuando yo te vuelva a ver,
no habrá más penas ni olvido.

El farolito de la calle en que nací
fue el centinela de mis promesas de amor,
bajo su inquieta lucecita yo la vi
a mi pebeta luminosa como un sol.

Hoy que la suerte quiere que te vuelva a ver,
ciudad porteña de mi único querer,
oigo la queja de un bandoneón,
dentro del pecho pide rienda el corazón.

Mi Buenos Aires, tierra florida
donde mi vida terminaré.

Bajo tu amparo no hay desengaño
vuelan los años, se olvida el dolor.

En caravana los recuerdos pasan
como una estela dulce de emoción,
quiero que sepas que al evocarte
se van las penas del corazón.

Las ventanitas de mis calles de Arrabal,
donde sonríe una muchachita en flor;
quiero de nuevo yo volver a contemplar
aquellos ojos que acarician al mirar.

En la cortada más maleva una canción,
dice su ruego de coraje y de pasión;
una promesa y un suspirar
borró una lágrima de pena aquel cantar.

Mi Buenos Aires querido....
cuando yo te vuelva a ver...
no habrá más penas ni olvido...


Angela sugeriu Edith Piaf - La Vie En Rose
Também comentou sobre a música Balada Triste, de Agostinho dos Santos
Composição: Dalton Vogeler e Esdras Silva

Balada triste que me faz lembrar alguém
Alguém que existe e que outrora foi meu bem

Balada triste melodia do meu drama
Esse alguém já não me ama
Esqueceu você também

Não há mais nada
Foi um sonho que findou
Triste balada só você me acompanhou

Fica comigo velha amiga e companheira
Vou cantá-la a vida inteira
Pra lembrar o que passou

Não há mais nada
Foi um sonho que findou
Triste balada só você me acompanhou

Fica comigo velha amiga e companheira
Vou cantá-la a vida inteira
Pra lembrar o que passou

Ivete comentou que Johnny Mathis adorava Agostinho dos Santos

Maria Elza comentou a música: Bandoneon Tango "Madreselva" Libertad Lamarque
http://www.youtube.com/watch?v=1CG369WuDgo

Vieja pared
del arrabal,
tu sombra fue
mi compañera.
De mi niñez
sin esplendor
la amiga fue
tu madreselva.
Cuando temblando
mi amor primero
con esperanzas
besaba mi alma,
yo junto a vos,
pura y feliz,
cantaba así
mi primera confesión.

Madreselvas en flor
que me vieron nacer
y en la vieja pared
sorprendieron mi amor,
tu humilde caricia
es como el cariño
primero y querido
que siento por él.
Madreselvas en flor
que trepándose van
es tu abrazo tenaz
y dulzón como aquel,
si todos los años
tus flores renacen,
hacé que no muera
mi primer amor...
Pasaron los años
y mis desengaños
yo vengo a contarte,
mi vieja pared...

Así aprendí
que hay que fingir
para vivir
decentemente;
que amor y fe
mentiras son
y del dolor
se ríe la gente...
Hoy que la vida
me ha castigado
y me ha enseñado
su credo amargo,
vieja pared,
con emoción
me acerco a vos
y te digo como ayer.

Madreselvas en flor
que me vieron nacer
y en la vieja pared
sorprendieron mi amor,
tu humilde caricia
es como el cariño
primero y querido
que nunca olvidé.
Madreselvas en flor
que trepándose van,
es tu abrazo tenaz
y dulzón como aquel...
Si todos los años
tus flores renacen,
¿por qué ya no vuelve
mi primer amor?


Gelsy comentou a música: A Deusa da minha rua
A Deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos eu suponho,
Que o sol num dourado sonho,
Vai claridade buscar,
Minha rua é sem graça
Mas quando por ela passa
Teu vulto que me seduz
A ruazinha modesta,
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz,
Na rua uma poça d'água,
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu para o chão,
Tal qual o chão da minha vida
A minh'alma colorida
O meu pobre coração
Infeliz da minha amada
Meus olhos são poças d'água
Sonhando com teu olhar...
Ela é tão rica, e eu tão pobre,
Eu sou plebeu, e ela é nobre
Não vale a pena sonhar


Xyku comentou o filme: São Paulo Quatrocentão - Hino do IV Centenário 1954 - Salve Terra Bandeirante!


São Paulo, terra amada,
Cidade imensa, de grandezas mil !
És tu, terra adorada,
Progresso e gloria, do meu Brasil !
Ó terra, Bandeirante,
De quem se orgulha, a nossa nação !
Deste, Brasil gigante,
Tu és a alma e o coração !

São Paulo, terra amada,
Cidade imensa, de grandezas mil !
És tu, terra adorada,
Progresso e gloria, do meu Brasil !
Ó terra, Bandeirante,
De quem se orgulha, a nossa nação !
Deste, Brasil gigante,
Tu és a alma e o coração !

Salve o Grito do Ipiranga,
Que a história consagrou !
Foi em ti, ó meu São Paulo,
Que o Brasil, se libertou !
O teu IV Centenário,
Festejamos com amor,
Teu trabalho fecundo mostra,
Ao mundo inteiro, teu valor !

Ó linda terra de Anchieta,
Do Bandeirante destemido,
Um mundo de arte e beleza,
Em ti, tem sido construído !
Tens tuas noites adornadas,
Pela garoa, em denso véu !
Sobre os teus edifícios,
Que até parecem chegar ao céu !...



Risque meu nome do seu caderno
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado
Deixe que eu siga novos caminhos
Em busca de outros carinhos
Matemos nosso passado
Mas se algum dia, talvez
A saudade apertar
Não se perturbe
Afogue a saudade
Nos copos de um bar
Creia
Toda quimera se esfuma
Como a beleza da espuma
Que se desmancha na areia


Xyku lembra Maria
Ary Barroso/Luiz Peixoto (1932)

Maria
O teu nome principia
Na palma de minha mão
E cabe bem direitinho
Dentro de meu coração, Maria
Maria, de olhos claros, cor do dia
Como os de Nosso Senhor
Eu por vê-los tão de perto
Fiquei ceguinho de amor

Maria
No dia, minha querida
Em que juntinhos da vida
Nós dois nos quisermos bem
A noite em nosso cantinho
Hei de chamar-te baixinho
Não hás de ouvir mais ninguém

Maria
Maria, era o nome que eu dizia
Quando aprendi a falar
Da vozinha, coitadinha
Que eu não canso de chorar

Maria
E quando eu morar contigo
Tu hás de ver que perigo
Que isso vai ser, ai, meu Deus!
Vai nascer todos os dias
Um porção de Marias
De olhinhos da cor dos teus

Maria
O teu nome principia
Na palma de minha mão
E cabe bem direitinho
Dentro de meu coração, Maria
Maria...

Depois marchinhas de Carnaval diversas... com Teresinha

Giovanni recorda Luciano Pavarotti - 'O sole mio'
Che bella cosa na jurnata 'e sole,
n'aria serena doppo na tempesta!
Pe' ll'aria fresca pare gia` na festa,
che bella cosa na jurnata 'e sole.
Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!
Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,
me vene quase 'na malincunia.
Sotto 'a fenesta toia restarria,
quanno fa notte e 'o sole se ne scenne.
Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!



Ivone recorda Manolita (as Cartas Não Mentem Jamais)
Vicente Celestino
Composição: Vicente Celestino


Era uma tarde em Sevilha,
Quando uma dama, formosa eu vi,
Era a mais graciosa filha, daquela terra que estava ali,
Ao seu lado um garboso rapaz,
Que belo tipo de toureador,
Que dizia-lhe, em chama voraz,
Coisas bonitas, frases de amor.

E a bela escutava com todo o prazer,
As frases do guapo rapaz a dizer.

Alza, alza, Manolita !, meu coração teu será,
Meu amor minha querida,
Será teu por toda a vida,
Enquanto vida eu tiver,
Não serei de outra mulher,
Vai à buena dicha e verás,
Que as cartas não mentem jamais !

No outro dia a formosa, quis da verdade, bem se inteirar,
Como era muito curiosa, a cartomante, foi consultar,
Eu quero saber com certeza, se Pedro, meu toureador,
Me ama com toda firmeza ou se ele jura um falso amor !

As cartas abertas ali sobre a mesa,
A velha responde com toda firmeza.

Alza, alza, Manolita, eis o Valete a afirmar,
Teu Pedro minha querida,
Será teu por toda vida,
Enquanto vida ele tiver,
Não será de outra mulher,
Crê no que digo e verás,
Que as cartas não mentem jamais.

Mas chega um dia um chamado, para o toureiro, ir à Madri,
O coração desolado, de Manolita, ficava ali,
Cacilda, rival nos amores, de Manolita, quer se vingar,
E pra causar dissabores, mil falsidades, vai lhe contar.

Teu Pedro, não morre de amores por ti,
Chamado por outra, vai ele a Madri.

Alza, não posso acreditar,
Que Pedro queira, me enganar,
Teu amor minha querida,
Será meu por toda a vida,
Enquanto vida ele tiver,
Não será de outra mulher,
Vai à buena dicha e verás,
Que as cartas não mentem jamais.

Chega porém de Madri, uma noticia de entristecer,
Pedro, na praça dalí, fôra ferido, estava a morrer,
Manolita, toda chorosa, a cartomante vai consultar,
E diz-lhe em voz lacrimosa, vê se meu Pedro pode escapar,
As cartas abertas, seu peito lhe estala,
A velha tremendo, tristonha lhe fala.

Alza, alza,, Manolita, tudo na vida tem fim,
Teu Pedro minha querida, foi teu sempre na vida,
Eis-me o Valete a afirmar, teu Pedro acaba de expirar,
Reza por ele na paz,
Que as cartas não mentem jamais !!!....
(não localizado vídeo)

Ivete recorda Joao Gilberto Chega de Saudade
Vai minha tristeza
e diz à ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza, é só tristeza
E a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim



Elis recorda Chico Buarque e a música "João e Maria"
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?


Anna recorda Mattinata

Um comentário:

  1. Quando Yvonne cantou Manolita,lembrei que meu pai dizia que dinheiro miudo era umas manolitas.
    Músicas pra aquecer o coração e matar mtas saudades,Bere

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